segunda-feira, 25 de maio de 2009

O professor e o uso das TIC's na escola

A utilização eficiente de qualquer instrumento e/ou recurso em situações diversas, exige do usuário algumas informações básicas, as quais poderão garantir segurança na operacionalização dos mesmos. Pois, a identificação das características e conhecimento da sua funcionalidade são indispensáveis no processo operacional.

Levando em consideração esse raciocínio, o tema em questão provoca algumas reflexões sobre o significado e a correlação entre Educação , Informática e Tecnologia.

Educação significa “um conjunto de normas pedagógicas tendentes ao desenvolvimento geral do corpo e do espírito”. A informática, diz respeito a “Ciência que pesquisa e desenvolve programas a serem utilizados no processamento de informações pelos computadores”. E Tecnologia, significa “um conjunto de princípios científicos que se aplicam aos diversos ramos de atividades.”

Nessa correlação de significados , situa-se o trabalho pedagógico, na qual a tecnologia, tem o papel de facilitar a mediação do processo educativo em diversas situações de aprendizagem,como por exemplo: seja em atividades de programação de rotinas e processos; de organização, registros, acesso, manipulação e apresentação de informações com aplicativos; de simulações de experimentos relacionados com as ciências naturais e sociais; de comunicação e acesso à base de dados via e-mail e internet.( Vieira, 2002).

O uso da informática em educação, iníciou com o próprio Ensino de Informática e de Computação, constituindo-se na sua primeira linha conceitual. A segunda linha, surge com o ensino pela Informática, com o objetivo de desenvolver o ensino de diferentes áreas de conhecimento por meio de computadores, os quais são empregados em diferentes níveis e modalidades de ensino, assumindo portanto, funções definidas de acordo com a tendência educacional adotada.

Ressalta-se que a segunda linha se apresenta sob diferentes abordagens podendo ser analisada quanto à concepção no desenvolvimento do programa computacional e quanto à sua utilização segundo uma das perspectivas: instrucionais ou construcionista. Em ambas, os elementos básicos envolvidos na atividade são; o professor, o aluno o computador e o software ou programa coputacional.

Nas interações dos programas instrucionistas enfatizam o software e o hardware (a máquina) visando ensinar o aluno e não provocar conflitos cognitivos. Na abordagem construcionista, o software é construído pelo aluno individualmente ou cooperativamente, pois centra-se no pensamento e na criação, no desafio no conflito e na descoberta.

A fundamentação teórica nesse contexto amplia-se cada vez mais, entretanto, a prática eficiente e eficaz poderá concretizar-se se a(o) professor(a) for oportunizado o aprimoramento profissional adequado para o domìnio dos conceitos e as práticas articuladas com a tecnologia, que sejam capazes de transportar esse conceitos para o seu trabalho pedagógico e aplicá-los nas situações educativas em sala de aula.

O discurso de que o” professor rejeita ou tem medo do computador” está ultrapassado, mas se essa postura ainda é observada em alguma escola, vale refletirmos os fatores que inibem ou favorecem as relações e / ou processos na formação continuada desse(a) professor(a) pelo próprio sistema de ensino do qual faz parte.

Assim, concordo com Bernardo Toro quando diz: “ a educação não pode produzir por si mesma as modificações, mas nenhuma modificação é possível na sociedade sem os educadores.”



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